terça-feira, 8 de novembro de 2011

Como Preparar a Escola para a Prova Brasil


Especialistas comentam o que deve ser feito para que a escola tenha um bom desempenho na avaliação externa

Foto: Marcelo Almeida
Entre os próximos dias 7 e 18 de novembro, os alunos de 5º e 9º anos (ou da 4ª e 8ª séries) de todas as escolas públicas urbanas e rurais do país com mais de 20 estudantes por turma realizarão a Prova Brasil. Pensando em fazer com que a escola tenha um bom desempenho, há gestores que incentivam os professores a aplicar simulados e até mesmo a treinar as turmas para o teste por meio da repetição. Por melhor que seja a intenção, trata-se de um grande equívoco. "Esse exame tem por objetivo avaliar competências de Língua Portuguesa e Matemática que são construídas ao longo do tempo e se solidificam somente com um bom trabalho pedagógico - e não com exercícios mecânicos", alerta Jussara Hoffmann, autora de livros sobre avaliação e diretora da Editora Mediação, em Porto Alegre.
A preparação para o exame deve, portanto, ser de outra natureza: esclarecer todos os integrantes da comunidade escolar a respeito do que é a avaliação, garantir a organização interna para a realização da prova e saber como utilizar os resultados em benefício dos processos de ensino e aprendizagem. Como lembra Maria do Pilar Lacerda, secretária de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), "uma avaliação só faz sentido quando leva à reflexão e à transformação da prática pedagógica. Não basta ser uma mera constatação. Precisa ser uma provocação para a equipe pensar a respeito do que está dando certo e do que ainda pode melhorar a fim de assegurar de fato a aprendizagem de todos os alunos".
Também em novembro, parte das escolas brasileiras é selecionada para participar do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), que oferece um resultado amostral das mesmas séries avaliadas pela Prova Brasil mais o 3º ano do Ensino Médio (leia sobre as diferenças dos exames no quadro abaixo). As notas dessas avaliações são usadas para compor o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), instrumento que o governo federal tem utilizado para definir políticas públicas destinadas à melhoria da Educação em nosso país.
Nesse sentido, também é preciso cautela para não cair na tentação de pautar o currículo escolar somente pela busca de um Ideb cada vez melhor. "Toda escola precisa ter um sistema próprio de avaliação, de acordo com as metas estabelecidas em seu projeto político-pedagógico (PPP). Exames internos e externos devem, portanto, ser usados de maneira complementar", diz Maria Amabile Mansutti, coordenadora técnica do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec). Dessa forma, a equipe gestora contribui para criar uma cultura institucional que realmente vê a avaliação, qualquer que seja ela, não como uma forma de punir e responsabilizar um ou outro educador, mas como uma ferramenta formativa a serviço do aprimoramento das estratégias de trabalho.

Avaliações nacionais 

Em 1990, o Saeb surgiu para levantar dados sobre a Educação nas regiões geográficas e nos estados brasileiros. Já em 2005, a Prova Brasil foi criada para oferecer dados mais específicos sobre os municípios e as escolas. A partir de 2007, os dois exames passaram a ser realizados em conjunto. Conheça os detalhes:

 Prova BrasilSaeb
A quem se destinaAlunos de 5º e 9º anos do Ensino FundamentalAlunos de 5º e 9º anos do Ensino Fundamental e do 3º ano do Ensino Médio
Escolas participantesUnidades públicas de áreas urbanas e ruraisUnidades públicas e privadas de áreas urbanas e rurais
AlcanceUniversal - todos os estudantes das séries indicadas fazem a provaAmostral - apenas uma parte dos alunos das séries avaliadas participa do exame
AplicaçãoUma parcela das escolas participantes compõe os resultados do SaebTodos fazem a Prova Brasil e, por meio de um recorte, chega-se aos números do Saeb
http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/prova-brasil-como-preparar-escola-638494.shtml

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Prova Brasil de Matemática - 9º ano: tratamento da informação


Localizar informações em gráfico (Descritor 36)
Observe o gráfico. 
Ao marcar no gráfico o ponto de interseção entre as medidas de altura e peso, saberemos localizar a situação de uma pessoa em uma das três zonas. Para aqueles que têm 1,65 m e querem permanecer na zona de segurança, o peso deve manter-se, aproximadamente, entre
(A) 48 e 65 quilos.
(B) 50 e 65 quilos. 

(C) 55 e 68 quilos. (D) 60 e 75 quilos. 
Análise 
Cabe ao estudante, em primeiro lugar, identificar as grandezas representadas no gráfico: altura de uma pessoa (em metros) e peso (em quilos). Depois, ao ler o enunciado, é preciso compreender que o problema solicita o peso, na zona de segurança, de uma pessoa de 1,65 metro. A identificação dessa zona faz parte da leitura do gráfico. 
Orientações 
No site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (www.ibge.gov.br) estão disponíveis gráficos e tabelas que podem ser usados no desenvolvimento do trabalho com leitura e interpretação de informações desse tipo. Faça esse trabalho também com jornais. Depois, discuta sobre a clareza dos gráficos e a veracidade dos dados e, em última instância, faça uma análise mais profunda sobre a pertinência ou não do recurso na reportagem de que faz parte.
Comparar tabelas e gráficos (Descritor 37)
A tabela ao lado mostra as temperaturas mínimas registradas durante uma semana do mês de julho numa cidade do Rio Grande do Sul.
Qual é o gráfico que representa a variação da temperatura mínima nessa cidade, nessa semana?
Análise
Nesse item, é necessário ler os dados da tabela e comparar com os gráficos apresentados para identificar em qual deles a informação foi apresentada corretamente.

Orientações
Em aula, trabalhe com a construção de gráficos em papel milimetrado, com base numa tabela de valores, destacando com a turma, por exemplo, se as grandezas envolvidas são discretas ou contínuas. Complemente a discussão, apresentando um novo gráfico e pedindo que todos construam a tabela de valores associada a ele. O uso de planilhas eletrônicas, que geram gráficos com base em alguns dados, pode contribuir no trabalho.

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